quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vãs tentativas de reter o que é livre...


Inventei comprimidos imaginários para te prender, mesmo conhecedora da tua “essência” efêmera e escorregadia...Teci em mim delírios de estabilidade, percorrendo um a um, todo pedaço em que você inadvertidamente tocara, para jamais esquecer dos sentimentos despertados, fui armazenando as palavras ditas, compondo o cenário de uma vivência não existida, vigilante aos momentos em que você se fazia concreto – porquanto palpável.

Te compus meu , muito mais do que sua “natureza ” instável que me angustia, permitia, conservando esses ínfimos nadas, como se fossem tudo que você poderia me oferecer. Conhecedor dos teus desvios, escolhi ser caminho, seguro, sem obstáculos...

Entretanto, ontem derivei, me pus a gerar a agonia de ter te perdido sem no entanto jamais ter tido. Percepção viva que paralisou meD aDnoitecer, dando conseqüência a um agora anestesiado por teu desamparo. E por fim refreei o anseio pelo futuro que idealizei ao seu lado. Então dormi e ao despertar, era hoje e você já não existia do mesmo modo , nem aqui e nem em mim...

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Decidir não decidir nada, já é uma decisão.

Diariamente precisamos assumir decisões, simples ou complexas, fáceis ou difíceis. Decisões pertinentes a direção de nossa vida, na maioria das vezes não são fáceis de serem tomadas. Há exemplo disso, mudar de casa, de bairro, de cidade, mudar de emprego, fazer um trabalho diferente, decidir namorar alguém, terminar um relacionamento,ligar após um encontro, casar, separar, submeter-se a certos tratamentos médicos, comprar algo quando não há recursos sobrando, escolher que profissão seguir, que curso tomar, etc.
Tomar decisões é um processo no qual são escolhidas algumas ou apenas uma entre muitas alternativas para as ações a serem realizadas.
O conceito do vocábulo decisão é constituído por
de (do latim e significa parar, extrair, interromper) que se antepõe à palavra caedere (que significa cindir, cortar). Sendo assim, literalmente significa “parar de cortar” ou “deixar fluir” (Gomes L.; Gomes C.; Almeida, 2006).
Chiavenato (1997, p. 710) esclarece ao definir decisão como “o processo de análise e escolha entre várias alternativas disponíveis do curso de ação que a pessoa deverá seguir”. Tomada de decisão, segundo Oliveira (2004), nada mais é do que a conversão das informações em ação, assim sendo, decisão é a ação tomada com base na apreciação de informações. Decidir é recomendar entre vários caminhos alternativos que levam a determinado resultado.
As decisões são escolhas tomadas com base em propósitos, são ações orientadas para determinado objetivo e o alcance deste objetivo determina a eficiência do processo de tomada de decisão.
A decisão pode ser tomada a partir de probabilidades, possibilidades e/ou alternativas. Para toda ação existe uma reação e, portanto, são as reações que são baseadas as decisões.
A decisão é mais do que a simples escolha entre alternativas, sendo necessário prever os efeitos futuros da escolha, considerando todos os reflexos possíveis que ela pode causar no momento presente e no futuro.
Modernamente entende-se que é impossível encontrar num processo de decisão a melhor alternativa o que faz com que sejam buscadas as alternativas satisfatórias, ou seja, na prática o que se busca é a alternativa que, mesmo não sendo a melhor, leve para o alcance do objetivo da decisão.
Entende que o processo de decisão desenvolve-se em sete etapas, a saber:
* 1. Percepção da situação que abrange algum problema;
* 2. Diagnóstico e definição do problema;
* 3. Definição dos objetivos;
* 4. Busca de alternativas de solução ou de cursos de ação;
* 5. Escolha da alternativa mais apropriada ao alcance dos objetivos;
* 6. Avaliação e comparação dessas alternativas;
* 7. Implementação da alternativa escolhida.

Decidir é posicionar-se em relação ao futuro (Gomes L.; Gomes C.; Almeida, 2006).
Não adie o momento de tomá-las. Ouça a sua intuição, afinal, a vida é uma ciranda com muitos começos.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Partes de mim...



Aqui surgi sem mãe, sem leite, ou leito.

Sem as tradicionais mentiras.

Nasci do mundo, no mundo....

Me criei numa fumaça qualquer, e inalando esta sobrevivi.

Usufrui de muitos erros, sem saber bem o porque,

Até descobrir o prazer de errar conscientemente.

Dividi-me em vários vícios.

Pra me descobrir, me expus na bienal.

Pra descobrir afetos, vendi meu corpo por trinta dinheiros...

E uma frase (falsa e curta) de amor.

Deixando fluir um argumento...

Por vezes um grito ...Um grito sem sentido...

Apenas um grito vazio...no vazio...

>>>>Não partas de mim...

2 Bicudos


Quando eu te vi andava tão desprevenido
Que nem ouvi tocar o alarme de perigo
E você foi me conquistando devagar
Quando notei já não tinha como recuar

E foi assim que nos juntamos distraídos
Que no começo tudo é muito divertido
Mas sempre tinha um amigo pra falar
Que o nosso amor nunca foi feito pra durar

Por mais que eu durma eu não descanso
Por mais que eu corra eu não te alcanço
Mas não tem jeito eu não sei como esperar
Desesperar também não vou
Não vou deixar você passar
Como água escorrendo nos dedos
Fluindo pra outro lugar

Ninguém pode negar que o nosso amor é tudo
Tudo que pode acontecer com dois bicudos
Não são tão poucas as arestas pra aparar
Mas é que o meu desejo não deseja se calar

Até os erros já parecem ter sentido
Não sei se eu traí primeiro ou fui traído
Não te pedi uma conduta exemplar
Mas é que a sua ausência é o que me dói no calcanhar

Será sempre será
O nosso amor não morrerá
Depois que eu perdi o meu medo
Não vou mais te deixar...

Ana Carolina (Totonho Villeroy)