quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Vãs tentativas de reter o que é livre...


Inventei comprimidos imaginários para te prender, mesmo conhecedora da tua “essência” efêmera e escorregadia...Teci em mim delírios de estabilidade, percorrendo um a um, todo pedaço em que você inadvertidamente tocara, para jamais esquecer dos sentimentos despertados, fui armazenando as palavras ditas, compondo o cenário de uma vivência não existida, vigilante aos momentos em que você se fazia concreto – porquanto palpável.

Te compus meu , muito mais do que sua “natureza ” instável que me angustia, permitia, conservando esses ínfimos nadas, como se fossem tudo que você poderia me oferecer. Conhecedor dos teus desvios, escolhi ser caminho, seguro, sem obstáculos...

Entretanto, ontem derivei, me pus a gerar a agonia de ter te perdido sem no entanto jamais ter tido. Percepção viva que paralisou meD aDnoitecer, dando conseqüência a um agora anestesiado por teu desamparo. E por fim refreei o anseio pelo futuro que idealizei ao seu lado. Então dormi e ao despertar, era hoje e você já não existia do mesmo modo , nem aqui e nem em mim...

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