sexta-feira, 17 de julho de 2009

Eu Vou!!!

Houve uma época...
Em que eu vivia à sombra de uma árvore que não dava fruto.
Andei à margem de um rio, mas não me banhei.
Vi o sol nascer, mas sempre através da janela de alguém.
Houve uma época em que andei nas nuvens, briguei com os anjos, conversei com Deus mas não o entendi.
Recebi rosas de plástico e anéis de chiclete.
Ouvi belas palavras, que de nada valeram.
Assumi compromissos em papel de pão, sonhei acordada, senti solidão.
Houve uma época em que olhei e não vi, toquei e não senti, senti e não vivi.
Houve uma época em que desejaram por mim desejos que não eram meus.
Quiseram meu querer, amaram meu amor, ditaram meu papel e não souberam ser eu.
Furtaram meus sonhos, fizeram meus planos, me puseram encantos, mas não choraram meu pranto.
Houve uma época em que caminhei rumo ao nada e me perdi...
Acreditei em conto de fada, porém não o vivi...
Contudo o mundo é gigante, redondo, azul e brilhante.
Girei, rodei, me revirei e por fim me reencontrei.
Hoje me pus a querer de novo, sonhei meus melhores sonhos, ri do meu desencanto e retomei os meus planos.
Desarrumei velhas malas, desfiz minha bagunça, sacodi minha vida, tenho brincado de roda, revisto velhos amigos, achado graça de tudo, vivido como sempre vivi.
Hoje olho, enxergo e acredito.
Acredito que árvores dão frutos, que rios banham meu corpo, que rosas tem cheiro de rosas, que anéis tem o mais belo brilhante.
Meus olhos voltaram a brilhar, meu coração voltou a querer bem e meus dias voltaram a ter cor. Cansei do mais ou menos das coisas...
Canetas que falham, ruas sem saída, amores sem graça, mentiras sinceras, meias verdades, escadas sem corrimão, namoros que não começam ou aqueles que nunca terminam.
Não ouso fazer o que não posso.
Não quero me encher de esperanças, nem tampouco de amarguras.
Quero apenas começar tudo de novo. Esse é o momento, a hora e o lugar...
O hoje é por quem vivo e é nele que me encontro feliz.
Amanhã conversamos sobre o amanhã.
Caminho sozinha, mas desejo estar ao lado.
E um dia acho companhia.Minha medida sempre foi toda.
Toda amor, toda amizade, toda alegria, toda sorriso.
Dentro de mim existem duas, três...Talvez uma infinidade de mulheres.
Uma que vai além dos próprios limites, outras que, repentinamente cismam e renascem.
Mulher de verdade guerreira !
Livre, leve e solta... Livre também pra ser frágil e gritar por ajuda...
E na hora que chega, simplesmete serei EU !!!
E Hoje eu tô na maior alegria...
Prontinha pra vida...

Me chamando, eu vou!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Certas canções que ouço,cabem tão dentro de mim, que perguntar carece: como não fui eu que fiz??

."Pensar é um ato, sentir é um fato." Clarice Lispector
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(Esse texto não fui eu quem escreveu... não conseguiria conceber de tal modo o amor...no entando, é a forma como ele acontece em mim.)
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O coração de uma mulher é um oceano de segredos...
Não existe pessoa errada, existem circunstâncias oblíquas... destinos tangenciados...; mas: o amor nunca é pecado.
Errada é, talvez, a atitude que duas pessoas tomam diante de um amor que, por maior que seja, não servirá de justificativa.
Mas o amor, em si, é algo tão puro e raro que penso dever ser visto; no mínimo, como uma esperança e, no máximo, bem... esse é amplo demais..., subjetivo demais...
Sempre que posso, desvio todos os meus sentidos a algo legitimamente natural e, cada vez mais, percebo uma dinâmica nas formas e soluções da natureza que se assemelha muito àquela dinâmica que penso ser sempre inerente ao verdadeiro amor...
O amor, o verdadeiro e singelo amor, se encaixa, sempre.
A qualquer circunstância, ataques do tempo, desgastes intempéries, impossibilidades contratuais, distâncias físicas e por constrangimentos, dificuldades de comunicação, tempo...
Alias o tempo é algo quase inexistente ao amor.
Tudo bem vai, você que esta lendo isso talvez esteja balançando a cabeça pros lados por ter vivido algo que contraria o que digo... não imponho verdades, pois não as tenho. Mas não retiro o que digo.
O tamanho do tempo depende das emoções de quem o acompanha e, no amor, essa é uma variação continua... Um milésimo de segundo pode ser uma eternidade e toda a vida pode se transformar num minuto que borra nossa visão...
Mas, o amor, o verdadeiro amor, resiste e se adapta dinamicamente.
O verdadeiro amor é algo tão inerente á vida que passa despercebido aos nossos olhares se não o sentimos em nosso próprio coração. E, se sentimos, o polimos para que não seja percebido. Temos de moldá-lo ao que podemos suportar, mesmo se vivemos um aparente conto de fadas e estamos ao lado de quem amamos... porque, para nós, a insegurança é presente.
E, se não vivemos o conto de fadas, ou ainda, se vimos a pessoa amada vivendo esse conto de fadas; é preciso compactá-lo, dinamicamente, para que caiba numa relação de trabalho, numa amizade, num parentesco, numa idolatria, numa observação distante e carinhosa, numa lembrança que jamais se repetiu, numa foto, num cheiro... não há nada tão pequeno nem sutil demais que não caiba o verdadeiro amor.
Ele é, esta e permanecerá no coração de quem ama, empiricamente como um DNA de informações aguardando circunstâncias, mesmo que elas não cheguem...
Mas, sobretudo, o amor é correto; se for verdadeiro.